Sociólogo Polonês, que gosto muito, autor de livros como Modernidade Líquida, Vida Líquida, Medo Líquido e Amor Líquido, este último discute o padrão volátil dos relacionamentos atuais, Zygmunt Bauman publica no Brasil pela Zahar Editora Capitalismo Parasitário (96 páginas; 19 reais). No livro Bauman lança seu olhar crítico sobre temas variados do mundo contemporâneo: cartões de crédito, anorexia, bulimia, a crise financeira de 2009 e suas possíveis soluções, a inutilidade da educação nos moldes atuais, a cultura como balcão de mercadorias. O autor demonstra sua crítica em frases como “o capitalismo se destaca por criar problemas, e não por solucioná-los”. Bauman é perspicaz e procura retratar a realidade sem maquiá-la. Em um outro trecho do livro ele diz: “Sem meias palavras, o capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento. Mas não pode fazer isso sem prejudicar o hospedeiro, destruindo assim, cedo ou tarde, as condições de sua prosperidade ou mesmo de sua sobrevivência.” No livro o sociologo não deixa de se reconectar ao grande tema de sua produção a liquidez, e o estado de Mal Estar Social em que vivemos atualmente fruto desse sistema perverso. Por conta de tratar de assuntos como este Bauman é chamado por parte dos críticos como um pessimista à la José Saramago, embora o próprio rejeite se definir como otimista ou o oposto. É no último capítulo de Capitalismo Parasitário, Um Homem com Esperanças, que ele demonstra que nem tudo está fálido, e diz “Acredito que é possível um mundo diferente e de alguma forma melhor do que o que temos agora.”
2 comentários:
Telma, desculpe o termo, mas Bauman é f***! rsrs
Excelente! E apenas 96 páginas? Só? O nosso grande Ziriguidum foi econômico desta vez, não? Mas o que importa é a profundidade de seu pensamento, certeiro nas questões mais urgentes e atuais de nossa sociedade.
"o capitalismo se destaca por criar problemas, e não por solucioná-los". Tem como não gostar de um trecho como este? A VEJA detestaria! rs
Abs!
Com certeza meu amigo, a veja não quer que todo mundo veja o que seus aliados políticos, ou seus próprios donos fazem cotidianamente com o Brasil. Ela como um instrumento de informação defende as ideias de uma elite que quer que o país continue com essa desigualdade acentuada principalemente nas regiões norte e nordeste como apontou o IPEA em sua última análise sobre a pobreza no Brasil.É por meio de sua ideologia que eles reafirmam o interesse daqueles que querem mais é acumular seu capital sem compromisso nenhum com a população. abs
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