domingo, 14 de março de 2010

Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos

SaferNet Brasil, ONG responsável pela elaboração da Lei de Combate a Pedofilia na Internet e junto com o Ministério Público obteve vitória expressiva ao conseguir abrir os arquivos do Orkut de propriedade do Google, possui uma Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Por meio deste canal, qualquer internauta pode denunciar crimes e/ou violação aos Direitos Humanos praticados pela Internet.
Veja o link onde pode denunciar crimes de pedofilia, homofobia, racismo, entre outros.

http://www.safernet.org.br/site/denunciar

Sobre a Violência

A violência configura-se nos dias atuais, como um problema em diversas sociedades. A expressão desse fenômeno, atualmente, demonstra a ausência da palavra, ausência do diálogo e de uma visão crítica, seja por parte de quem assiste ou de quem vivencia a violência.
A escola, a família e os meios de comunicação têm importante papel na abertura desse diálogo, mas, à medida que as duas primeiras se omitem e os meios de comunicação não param de falar de maneira sensacionalista, a cultura da revolta diante do que choca, do que deveria espantar, transforma-se em cultura do show e do entretenimento.
Nesse sentido, a violência precisa ser interpretada e definida em suas várias faces, interligada, em rede, e por meio dos eventos em que se expressa, repercute e se reproduz através da linguagem. Tal discussão mostra-se bastante profícua para se pensar a violência expressa através de discursos em ambientes digitais, pois a palavra também pode ser violenta, à medida que é invasiva, e provoca algum tipo de constrangimento moral ou coação.
É preciso ainda entender a violência como um fenômeno multifacetado, que não atinge apenas a integridade física, mas também a integridade psíquica, emocional e simbólica de indivíduos ou grupos nas diversas esferas sociais, seja no espaço público ou privado.
Por essas razões, a análise das causas e das relações que geram condutas violentas impõe alguns desafios aos pesquisadores: demanda tanto o reconhecimento das especificidades das situações nesta sociedade em rede, como a compreensão de processos mais abrangentes que produzem a violência.

O caso do professor Marcos Nonato (esfaqueado no pescoço dia 03/03 em escola no Bairro de Cajazeiras

O professor Marcos Nonato foi esfaqueado no pescoço, por aluno no Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, em Salvador. O professor ficou com uma lesão séria no pescoço, e traumas psicológicos que segundo ele, não será fácil superar.
Em nota, a Secretaria de Eduação do Estado informou que o professor foi agredido após reclamar da indisciplina do estudante. O jovem tentou fugir da instituição, mas foi contido por alunos e por policiais militares da Ronda Escolar. Ele foi levado para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI).

Esse caso revela que a violência nas escolas não está condicionada unicamente a fatores de riscos que envolve a comuniadade, aqueles que dizem respeito à interferência da violência urbana, o assédio das escolas pelo narcotráfico. Em depoimentos os professores ficaram perplexos com o ocorrido, pois a "[...] comunidade não é violenta. A escola desenvolve um trabalho em parceria com a comunidade, grêmio estudantil para promoção da cultura de paz”, disse a diretora Firmina Azevedo.

Assim, podemos compreeender que a violência nas escolas se apresenta como um fenômeno multifacetado, que não atinge apenas a integridade física, mas também a integridade psíquica, emocional e simbólica de indivíduos ou grupos nas diversas esferas sociais.

Por outro lado, precisamos discutir a violência dirigida aos professores com análise pedagógico-social, cobrando ações políticas do próprio Ministério da Educação e Secretarias de Educação, com estratégias para minimizar os efeitos da violência na saúde dos professores, alunos e toda comunidade escolar. Precisamos de escola saudável para uma educação melhor. Precisamos também pensar sobre o papel da Ronda Escolar. Precisamos de projetos que envolvam compromissão da gestão escolar, com as ações preventivas; participação de toda comunidade na vida escolar.

A escola, a família e os meios de comunicação têm importante papel na abertura desse diálogo, mas, à medida que as duas primeiras se omitem e os meios de comunicação não param de falar de maneira sensacionalista, a cultura da revolta diante do que choca, do que deveria espantar, transforma-se em cultura do show e do entretenimento. Isto foi o que vimos dias após 03 de março, passada uma semana, caiu no esquecimento... e tudo volta ao normal, como se nada estivesse acontecendo de tão grave em nossa educação.

Pesquisa da SaferNet (Brasil) sobre Segurança na Internet

A SaferNet Brasil aproveitou o Dia Mundial da Internet Segura (09/02) para apresentar relatório de nova pesquisa realizada no segundo semestre de 2009 com 732 educadores e 2159 alunos para conhecer as principais vulnerabilidades destes públicos online. A pesquisa buscou conhecer mais detalhes sobre o que significa segurança na Internet, tanto para as crianças e jovens desta geração “multimídia on-line” quanto para os seus educadores. Indagamos, por exemplo, como as crianças e adolescentes internautas encaram os perigos do aliciamento on-line, do Ciberbullying e dos encontros presenciais com estranhos; que tipo de relacionamentos estabelecem online e quais as carências dos educadores para tratar o tema segurança na Internet.

Para 90% dos educadores a Internet e demais tecnologias de comunicação tem efeitos positivos na vida de seus alunos. 69% dos educadores afirmam que usam a Internet todos os dias. Em termos de atividades online preferidas, destacam-se as pesquisas/estudos (87%), seguidas pelo e-mail com 80% da preferência dos professores. O trabalho não é a única atividade online já que 47% também usa sites de relacionamento.

Para 77% dos educadores é comum os alunos comentarem em sala de aula sobre o que fazem na Internet, sendo que para 65% dos educadores isso ocorre constantemente. Em relação aos perigos vivenciados por seus alunos, 6% souberam de casos nos quais alunos de sua escola foram vítimas de aliciamento sexual pela Internet. Já em relação ao Ciberbullying, 26% dos educadores já souberam de casos entre os alunos de sua escola. Em relação ao compromisso da escola com a discussão das medidas de segurança online, 99% consideram este um dever da escola, sendo que 67% considera esta uma temática urgente que merece trabalhos permanentes de orientação.

No entanto, é preocupante o fato de que 50% dos educadores consideram que não há informações suficientes para trabalhar o tema nas escolas, e 24% não conhece nenhum programa que trate do tema. Quando indagados sobre os recursos que tem para levar o tema à sala de aula, 29% diz que não tem nenhum recurso e gostaria muito de ter e outros 9% não tem e nem sabem como buscar este tipo de recurso.

Para 69% dos educadores o que eles mais precisam é de capacitação para uso das tecnologias. Na escolha pelos meios mais práticos para esta capacitação os educadores preferem Oficinas de treinamento nas escolas (44%) e Palestras (30%).

Entre os alunos, 69% tem ao menos um amigo virtual (que conheceu pela Internet), sendo que 32% tem mais de 30 amigos deste tipo. 12% dos alunos já namorou ao menos uma vez pela Internet e 11% já publicou na Internet suas fotos íntimas e/ou sensuais. No que diz respeito ao Ciberbullying, 33% afirma que algum amigo seu já foi vítima deste tipo de humilhação na rede.

Além dos dados da pesquisa a SaferNet lançará uma Rede Social – Nética - idealizada para fornecer gratuitamente materiais didáticos multimídia aos educadores brasileiros interessados em trabalhar nas escolas temas como ética, cidadania, sexualidade e segurança na Internet. Reconhecendo a grande lacuna entre as gerações no que diz respeito à familiaridade com a Tecnologias e as carências identificadas na pesquisa, a SaferNet oferecerá através da Rede Nética complementos aos materiais que são distribuídos nas formações presenciais que têm sido realizadas em diferentes estados do Brasil em cooperação com o Comitê Gestor da Internet, Ministério Público, Polícia Federal e Secretarias de Educação.

Violence Against Teachers and School Staff

To date, NIOSH intramural and extramural workplace violence research has focused on the highest risk occupations, including health care workers, taxi cab drivers, and retail sales. Because of an increase in the prevalence of school-based policies aimed at reducing violence in youth and recent reports suggesting that teachers and other school staff may face daily threats of workplace violence, NIOSH was prompted to examine risk factors and prevention polices and practices for workplace violence for K-12 school staff. Recent data demonstrates that teachers experience 39 crimes per 1,000 teachers (25 thefts and 14 violent crimes) and the true rate may be much higher since most incidents go unreported. As recent media reports have illustrated, this is a troubling problem affecting school personnel in elementary, middle and high schools across the nation.

Communities and schools have responded to student-on-student violence through school-based violence prevention programs and policies, yet science-based evaluations of the effectiveness of these programs are rare. It is not known if these programs have any effect on workplace violence rates in teachers and school staff.

With the exception of a recent study by the University of Minnesota which focused only on teachers, NIOSH is undertaking what we believe to be the first study to evaluate the effect of school-based violence prevention programs addressing assaults from students on both teachers and other school staff. Limited prior studies of workplace violence in the teaching field have relied on workers compensation records due to a variety of reasons, including teachers unwillingness to report violent events to police, insufficient reporting mechanisms for reporting non-physical workplace violence events, and acceptance of the risk of workplace violence in the education field. The scant research available demonstrates that teachers and other school employees may be at an increased risk for theft of personal property, verbal threats of physical harm, bullying, abuse, physical assault, and injury.

Working with partners, including the two leading national education unions, NIOSH decided to conduct the study in Pennsylvania as the state includes large urban and rural school districts. The study aims to describe and quantify physical and non-physical workplace violence against teachers and school staff; measure the impact of physical and non-physical workplace violence on job satisfaction and the mental health of teachers and school staff; and determine if nonfatal work-related assault rates are significantly lower in schools that employ student-directed violence prevention programs.

The study and the survey that will be used to collect the data are in the development stage. As we begin this research, NIOSH would like to use the NIOSH Science Blog to hear from teachers, school staff, administrators, and union representatives about prevention programs in their schools and their perceptions of what is and is not working to protect teachers and other school staff.

School violence is a complex issue, and studying workplace violence in the school setting has unique challenges. It is important to protect the health and safety of the professionals who educate and support our youth. We appreciate your comments. They will be invaluable in informing this research and ultimately the evidence-based prevention programs that are generated.

Hope Tiesman, Ph.D., MSPH

Dr. Tiesman is an injury epidemiologist in the Division of Safety Research at NIOSH and the project officer on this study.

NIOSHs extensive research on preventing workplace violence is detailed on the NIOSH website including the NIOSH video, Violence on the Job, which can be downloaded or viewed via streaming video.

More information on student-related violence can be found at CDC's National Center for Injury Prevention and Control including the School-Associated Violent Death Study.

Fonte:[http://www.cdc.gov/niosh/blog/nsb041408_teacher.html]

sábado, 13 de março de 2010

O que é o Cyberbullying?

[Fonte desta figura: revista Nova Escola Jun_2010]

Cyberbullying, termo ainda pouco estudado no Brasil em sua dinâmica e amplitude, se configura numa prática repetitiva de violência realizada por um Cyberagressor, indivíduo que humilha, intimida, ou assedia outro indivíduo por meio das tecnologias digitais. As formas de emprego das tecnologias para as práticas de cyberbullying são as de utilização dos mensageiros instantâneos, SMS2, e-mail, imagens-foto e vídeo, chamadas de telefones e páginas na web
Geralmente, o autor insulta, espalha rumores e boatos cruéis sobre os colegas e seus familiares, até mesmo sobre os profissionais da escola. Mensagens instantâneas são disparadas, via internet ou celular, onde o autor se faz passar por outro, adotando nicknames (nomes fictícios) para dizer coisas desagradáveis ou para disseminar intrigas e difamações sobre alguém. Ameaças de morte, acesso a contas de e-mail, interrupção da participação de uma pessoa em um jogo on-line, constrangimento intencional de alguém entre seus colegas.
Blogs são criados para expor as narrativas e o Orkut é utilizado para expor de forma vexatória a pessoa ou grupos étnico-raciais, homossexuais e deficientes perante sua rede de amigos e demais participantes. Fotografias são alteradas, incluindo ofensas, comentários sexistas ou racistas. Essas imagens e textos ainda são divulgados através de materiais impressos espalhados nos corredores da escola ou outros ambientes.
AS práticas de cyberbullying podem gerar crimes diversos. As principais formas de assédio, intimidação, difamação a crianças e adolescentes, ou a grupos com características físicas, comportamentais ou emocionais, socioeconômicas, de etnia e orientação sexual, específicas na internet têm sido enquadradas criminalmente no Brasil pelo Código Penal Brasileiro, vemos também projetos de lei encaminhados no Congresso Nacional para garantir a aplicação mais objetiva nos casos de bullying e cyberbullying.