As Melhores Coisas do Mundo, filme de Laís Bodanzky, em cartaz nos cinemas do país, conta a história de Hermano, um menino de 15 anos que em meio à separação dos pais e a crise do irmão passa pelos dramas da adolescência. Fala das dores, das dificuldades dessa fase tão paradoxal.O cyberbullying é mostrado de duas formas: uma das personagens mantém um blog com fofocas e há ainda a troca de mensagens comprometedoras pelo celular. A foto de uma aluna numa pose sensual começa a circular sem sua autorização. O filme tenta ser o mais fiel possível à realidade de milhares jovens no Brasil. Tem um texto sensível, a direção é cuidadosa, tem a cara do jovem paulistano, mas que também identificamos nele, características de jovens de outras cidades, e, por que não, mundial, comprovando que os conflitos desta fase são universias. Laís Bodanzky foi também responsável por "O Bicho de Sete Cabeças" e "Chega de Saudade". Para compor seu último longa,Laís e o roteirista Luiz Bolognesi foram a escolas de São Paulo para ouvir os adolescentes e realizar um projeto que realmente os representasse, característica bastante presente na filmografia da diretora. Desse processo, Laís concluiu que "adolescência é sempre adolescência" e não sentiu diferença nas situações vividas pelos jovens atuais com aquelas da sua geração. No Jornal A Tarde de 2/04/2010 a diretora destacou que um fator que lhe espantou é que hoje a tecnologia favorece para que eles vivam essas emoções com mais intensidade", comenta. "Não dá pra negar que o celular, a internet e os iPods intensificam essa fase da vida." Tanto intensificam que o uso desses instrumentos para disseminar o bullying (agressão física ou psicológica) entre os estudantes é explorado com destaque no filme. Como ela define o “Cinema é reflexão, cidadania e educação”, concordo com essa afirmação. Vejam o filme, discutam entre colegas, ele é uma ótima fonte para entender os adolescentes que estamos educando na contemporaneidade.
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